Guazzelli (Eloar Guazzelli Filho)
Ilustrador
Cidade em que nasceu: Vacaria, RS
Cidade onde mora: São Paulo, SP
Data de nascimento: 13/10/1962
Livros que ilustrou para a Projeto: Diário de um guri, 1992; Agulha ou linha: quem é a rainha?, 1992; Codinome Duda, 1992; Lata de tesouros, 1993; O vampiro Argemiro, 1993; Astro Lábio, 1998; Bamboletras, 1998; Boneco maluco e outras brincadeiras, 1999; Maracatu, 2000; Ímpar, 2002, Balaio de ideias, 2007 ; Nem pensar, 2010; A lua dentro do coco, 2010 e O boto do arroto, 2013
Primeiro livro publicado/ano: 1988
Blog: alemaoguazelli.blogspot.com
E-mail: eguazzelli@uol.com.br
Facebook: Eloar Guazzelli Filho
Como trabalha?
O começo dos trabalhos de um livro, em geral, está dividido em algumas etapas básicas: pesquisa visual e leitura do texto, esboço de páginas e arte-final. Sempre busco no texto original uma pista, indicação para reelaborar visualmente a narrativa, pois, no fim das contas, ilustrar um texto é um trabalho de tradução. As facilidades que o advento dos computadores e a internet trouxeram me deram um grande presente: desenho em vários lugares, adoro fazer os primeiros estudos num café ou na praia. A finalização requer outro tipo de abordagem, mais equipamentos e por isso demanda trabalhar em um estúdio, mas os desenhos iniciais, eu faço em vários lugares, muitas vezes aproveitando a própria paisagem onde estou imerso. As ideias eu também gosto de procurar enquanto caminho, acho maravilhoso saber que meu trabalho, muitas vezes, se mistura com a própria vida. De uns anos para cá, surgiu outra interferência interessante no processo, meus dois filhos, Flora (oito anos) e Vicente (quatro). Como trabalho muitas vezes em casa, tenho a companhia deles, que com o passar do tempo, deixou de ser só uma fonte de inspiração, recebo vários palpites muito interessantes, sem contar que o julgamento feito por eles, é meu primeiro contato com a recepção do público. Mas é preciso deixar claro que esse sistema todo é aparentemente informal. Para trabalhar nessas condições é necessário ter muita disciplina, as tentações são muitas. Mas o desenho como sempre vem antes de tudo, adoro criar novos universos, principalmente para este público sem comparação que é a criança, capaz de olhar infinitas vezes para o que você criou.
Trabalha em outra área além dos livros?
Além de ilustrar livros, publico em revistas e jornais (ilustro a coluna quinzenal de Fabrício Corsaletti em um encarte da Folha de São Paulo), trabalhando também com artes gráficas: capas, cartazes e outros impressos. Sempre gostei de transitar pelas distintas linguagens visuais, muito antes de saber o significado da palavra multimeios, eu me virava em diferentes plataformas. Há mais de trinta anos, atuo como diretor de arte para cinema de animação (acabo de concluir esse trabalho para o longa da Otto Desenhos Animados sobre a peça Tangos e Tragédias) e também participo de Festivais e mostras de Desenho de Humor. Sou formado em Artes Plásticas, venho desenvolvendo um painel em módulos desde 1990, prestes a sair também em formato de livro na Espanha. E como fiz licenciatura também dou aulas e oficinas. Recentemente, descobri a enorme importância das redes sociais para divulgar o trabalho, tenho usado o facebook e meu blog como plataformas para que as pessoas acompanhem minha trajetória. Como se não bastasse, estou dando os retoques finais no meu primeiro livro só de textos: 500 gramas de Universo em conserva.